quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O que é a inclusão escolar?


             A Lei de Diretrizes e Bases de 1996 aponta para a inclusão em escolas regulares do portador de necessidades educativas especiais, mas, também, assegura o atendimento educacional em classes, escolas ou serviços especializados sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular. (LDB,1996).
             A inclusão de crianças portadoras de necessidades especiais no sistema regular de ensino é possível desde que sejam considerados, entre outros, alguns dos seguintes aspectos: grau de comprometimento das crianças especiais a serem inseridas em turmas regulares; atendimento multidisciplinar;  preparação dos profissionais de ensino; condições físicas das escolas;  número de crianças por turma;  recursos materiais; visão interdisciplinar do currículo.
             Segregar crianças severamente comprometidas para um atendimento mais individualizado na primeira infância pode se tornar um fator de integração social futura; além disso, há crianças que dificilmente serão incluídas no processo educacional regular em função de sua atipicidade comportamental o que demandará da educação especial a busca de alternativas educacionais específicas para esta ou aquela forma de atendimento.
             A mera inserção de crianças portadoras de necessidades educativas especiais em turmas/ escolas regulares não garante a inclusão, de fato, destas crianças no processo educacional. É necessário que não se paralise frente as diferenças, mas também torna-se fundamental que se redesenhe o papel da escola. Para tanto, o respeito às diferenças e às diferentes falas devem estar presentes no cotidiano escolar. Inserir todos estes aspectos na prática pedagógica demandará do educador uma postura crítica frente a inclusão destas crianças, assim como exigirá do educador a intencionalidade de sua prática. Incluir significa muito mais do que inserir. Não podemos mais ser reféns de posturas ideológicas que em muito pouco contribuem para a qualidade da educação. Incluir - sim - sempre que for possível, incluir, sim, sempre que esta inclusão signifique melhoria da qualidade de vida do indivíduo e, desta forma, contribua para a sua real inclusão social, garantindo-lhe sua cidadania plena.

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